sábado, 16 de outubro de 2010

Continua: É Preciso Aprender a Beijar

Roubar-te um beijo!...

Hoje, acho que esse tipo de tática eu não usaria mais. Jamais roubarei outro beijo. O tempo me deu a sabedoria de viver os momentos de maneira a retirar deles tudo de bom que esses momentos podem me dar. Principalmente esperar por eles.

Hoje ainda, se a vida me presentear com um sonho desses, com uma realidade dessas, de saber que eu vou beijar a mulher que eu amo, digamos, daqui a três dias...

No primeiro desses dias, teria que sentir intensamente o seu olhar, bem no fundo dos olhos, para que nossas almas se tornassem íntimas.

No segundo dia, iria querer tocar a sua mão para sentir o seu calor, a sua suavidade e a sua energia, até que no toque das duas mãos o calor se fizesse um só.

No terceiro dia, iria sentir seu corpo num abraço aconchegado, tão firme e forte que nossos corações bateriam em uníssono. E depois, no roçar do rosto com um beijo, sentir que toda superfície dos nossos corpos se tocam, se encaixam, se completam exalando o mesmo perfume, o mesmo cheiro de amor.

Aí sim, no dia de beijar a minha mulher, será alguma coisa tão bem planejada, tão bem estudada em cada detalhe como se fosse o lapidar de um diamante. Sentido no primeiro toque dos lábios suavemente quentes, sentido em cada curva da boca que se molda. A procura das partes que se querem e se umedecem saciando a sede do desejo.

Os corações batendo em festa, com gosto e sabor de fruta madura, macia como a língua que experimenta o sabor, na caricia de se conhecer, numa mágica primeira vez.

Nando de Almeida

2 comentários:

  1. Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com fatos ou pessoas reais é mera coincidência.
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